Eliana Zagui narra neste livro sua
própria vida. Vida de clausura, de exclusão parcial do mundo, a vida em um
hospital. Mesmo assim, vida.
Do momento em que os médicos
cumprem a triste missão de dizer aos pais que aquela garotinha alegre de pouco
mais de dois anos jamais voltaria a ter uma vida normal, ou simplesmente
receber alta, até a atualidade, vida adulta de Eliana, muita história aconteceu
e é contada sem excesso de drama ou tristeza, apenas como é uma vida em sentido horizontal, mas cheia de sentimentos.
Eliana teve poliomielite, a
paralisia infantil, com diagnóstico tardio e parcos recursos financeiros,
acabou perdendo toda a mobilidade corporal, precisando ser acoplada a aparelhos
para respirar e dependendo totalmente da ajuda de terceiros para sua
manutenção, para isso contou com anjos e outras pessoas não tão abençoadas.
Impressiona a riqueza de detalhes que a autora transpõe em
sua narrativa de uma vida na horizontal. Impossível não se comover, não
repensar a própria vida, não querer aproveitá-la ao máximo e agradecer por cada
minuto.
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