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terça-feira, 5 de maio de 2015

Sortes de Villamor - Nilma Lacerda







Não há como fugir ao destino, parecem-nos sussurrar as páginas deste belíssimo Sortes de Villamor, de Nilma Lacerda. Mas o destino quem o constrói somos nós mesmos, perseguindo sonhos e ideais - essa a lição que fica reverberando após conhecermos a história de Branca, uma francesa, descendente direta do Marquês de Villemaur, narrada por Caim de Node, um negro forro que mantém uma "banca de escrita" em Salvador, no começo do século XIX. Dono de um estilo elegante, o narrador conta como, após um naufrágio, Branca é amparada por Ismê Catureba, que mantém uma "casa de acolhida, de cura e de predição", e como, ao se cruzarem, suas vidas se modificam para sempre. Branca acompanha de perto, mesmo às vezes sem compreender, o embate de Ismê para manter vivas as tradições africanas (o calundu, o saber dos ventos e das ervas). Ao mesmo tempo, Caim expõe suas dúvidas e desejos, até que, numa decisão surpreendente, larga tudo para lutar pela libertação de seu povo. E, longe da pátria, todos se esforçam na edificação de um novo país, esse, em que habitamos agora.





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