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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ronald de Carvalho



Ronald de Carvalho

Duas vezes premiado pela Academia, autor de dois livros clássicos, conceituado e admirado como um verdadeiro homem de letras consagrado, ágil e atrevido, adepto resistente da aventura do modernismo. Entretanto, a linha aristocrática do espírito de Ronald surge quando o movimento modernista se fragmenta em grupos primitivistas e nacionalistas, diante das tendências extremas dos modernistas manteve-se indiferente à convocação de novos núcleos, ficando isolado na posição inicial, na verdade reagindo contra eles, numa atitude de contenção, dignidade e coerência.

Cheiro de terra

Há versos que são como um jardim depois da chuva:
deixam em nós a sensação de água caindo,
caindo em bolhas trêmulas da ponta das folhas,

escorrendo da péla macia das pétalas,
pingando dos galhos lavados, gota a gota,
pingando no ar...

Versos que cheiram a terra molhada,
versos que são como um jardim depois da chuva....



Brasil

Nesta hora de sol puro
palmas paradas
pedras polidas
claridades
faíscas
cintilações

 Eu ouço o canto enorme do Brasil!

(...)

(Ronald de Carvalho - Poesia e prosa)

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